Lars Ulrich, baterista do Metallica, publicou um texto entitulado "Meu Erro Favorito" para o The Daily Beast, em outubro de 2011, em que conta uma história que aconteceu com ele e o diretor Quentin Tarantino. Confira abaixo a tradução completa.
Meu Erro Favorito
Lars Ulrich sobre dizer não a Quentin Tarantino
Nós ficamos inebriados com a idéia pelo resto da noite, e a empolgação continuou por dias. Finalmente, TA-DA! O roteiro. Todas as 180 páginas. Cara, era longo e denso. Mergulhei de cabeça na brincadeira. Mas aí algo começou a acontecer. Estória, linguagem, viradas, reviravoltas, piadas de kung-fu e jargões - quanto mais eu avançava, mais confuso eu ficava.
Página a página eu percebi que a maioria daquilo estava escrito em um idioma que estava além da minha compreensão. Eu nunca encontrei uma narrativa como essa, que acontece, para mim, em uma cultura bem estrangeira de artes marciais e mitos asiáticos. Minha cabeça dinamarquesa simplesmente não conseguia entender isso. Eu defendi todos os seus filmes, amei ele como pessoa mas, no final das 180 páginas eu fiquei meio confuso e nervoso por não ter entendido. Aí eu comecei a pensar "Faça isso, faça isso!" meu corpo gritava mas minha cabeça estava confusa. Cautelosa. Eu senti uma rara inabilidade de puxar o gatilho.
Nas semanas seguintes a coisa toda murchou enquanto eu continuava não confiando nos meus instintos. No fim, eu nunca respondi a ele. Provavelmente, o maior erro que eu cometi no departamento criativo. Claro que Kill Bill foi mais que brilhante, assim como os filmes seguintes, que foram partes significantes da minha vida nos anos 2000.
Desde então eu venero o chão que Tarantino pisa.
Se apenas...
Fonte: Metallica: Ulrich comenta sobre seu maior erro http://whiplash.net/materias/news_846/140364-metallica.html#ixzz2Ft3sGKBm
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